quinta-feira, 3 de março de 2016

FALECIMENTO DE MARIA ILZA CORREIA DA SILVA SANTOS - 05/03/2015 - SÃO PAULO - MÃE DO FREI JOÃO LUÍS DOS SANTOS HERIC


Senhor findou-se aqui a minha missão!
Realmente sentia-me cansada! 
Tentava juntar as mãos para uma oração breve, mas elas insistiam em ficar caídas sobre meu corpo emagrecido e fraco pela doença física, mas rezava e cantava assim mesmo. Mas Tu sabes meu Senhor que minha vida foi uma oração!
Quero Te agradecer pelos dias que vivi (quase 83 anos) e pelo trabalho que realizei graças à capacidade que me deste de aprender a costurar e dignamente, com este ofício poder criar meus filhos, minha família, meu tesouro.
Olho para minhas mãos e agradeço a Ti meu Deus por elas nunca terem sido violentas e nunca se apropriarem do que pertence aos outros. 
Fiz o que o Senhor pediu: minhas mãos calejadas sempre foram acolhedoras e expressaram a ternura do meu coração; estenderam-se sempre para erguer quem estivesse caído, para abençoar e para oferecer ajuda e apoio a quem necessitasse, seja quem fosse. 
Obrigado, Senhor, pelas minhas mãos deformadas pela dolorosa artrite, contraída das longas jornadas de labor em dias de muito frio. Foi com elas, atuando na arte de costurar, que consegui colocar na mesa de minha casa o Pão Sagrado de cada dia.
Olhando para elas, fico feliz agora, pois sempre soube que minha vida estava segura em Vossas mãos, meu Pai. 
Estas minhas mãos cansadas, emagrecidas, calejadas, deformadas, doloridas e abençoadas, foram delicadamente seguradas pela Virgem Maria no momento do meu último suspiro. 
Nossa Senhora me conduziu até o céu em cinco de maio de dois mil e quinze às vinte horas e vinte minutos. Estavam ao meu lado e me assistiram com orações, beijos e lágrimas de agradecimento e já com saudades, meu querido filho 
João Luís dos Santos Heric e minha nora Drª Ingrid Heric!
Agora te peço: dai-me Vossa benção meu Pai e cuida dos meus familiares com o mesmo amor e zelo que cuidaste de mim! 
Amém!
“Há criaturas como a cana: mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura”
(Dom Hélder Câmara)
Maria Ilza Correia da Silva
*Jaquirana – RS – 06/06/1932
+São Paulo – SP – 05/03/2015
Sepultada em Caxias do Sul – RS – 07/03/2015



 
 
 









 
  "Há criaturas como a cana: mesmo postas na        moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço,só sabem dar doçura."